A falta de imaginação beija a banalidade mas a experiência requer trabalho.
Para não deixar morrer a vontade, a liberdade, a expressão, o sentimento, é necessário tentar e errar, tentar e errar, até fazer a diferença.
Nesta perspectiva a banalidade parece fazer sentido e parece ser agradável ao paladar. Mas será benéfica mesmo que
o seu objectivo seja uma conquista? Ou será antes uma luta em vão?
Foto: Jos Jansen - People Places Circumstances 8 (2004)
2 comments:
A banalidade pode ser benéfica no sentido em que permite criar alguma segurança alicerçada nas regularidades do quotidiano. Nesse espaço, pausada e pacientemente, o indivíduo normal constrói, invisivelmente, as monumentalidades só visíveis no fim do processo e sob o olhar derradeiro dos outros. Aí há uma conquista, no fim. Contudo, acontece facilmente o indivíduo esbarrar na sua aparente impotência imediata e perder a esperança de um futuro. Por isso, o dia-a-dia é um autêntico trabalho de tricô: minúsculo, lento, solitário, inacabado à vista e isoladamente corajoso.
Para não variar, tudo depende de como os outros nos vêem, não é? Quero eu dizer, até a formiga com a sua vida banal concretiza grandes feitos mas para nós, o que é isso? Talvez um "trabalho de tricô: minúsculo, lento, solitário, inacabado à vista e isoladamente corajoso"...
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